quarta-feira, 5 de maio de 2010

Doentes com cancro esperam muito tempo por cirurgias nos IPO

Olá!

Um quarto dos doentes do Instituto Português de Oncologia de Lisboa não cumpre prazos previstos na lei. No Porto, isso acontece em 30 por cento dos casos.

Ainda há uma percentagem apreciável de doentes com cancro a esperar tempo a mais por uma cirurgia nos três Institutos de Oncologia (IPO) do país, apesar de a situação ter melhorado substancialmente nos últimos anos. A Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS) constatou uma "evolução favorável" face aos resultados da primeira avaliação que fez nos IPO do Porto, Coimbra e Lisboa em 2007, mas não deixa de pôr o dedo na ferida, ao sublinhar que o número de doentes operados para além dos tempos máximos de espera "ainda se mantém elevado".

A IGAS adianta no relatório desta última avaliação os dados disponibilizados pelo coordenador nacional para as doenças oncológicas relativos a 2008 - e que apontavam para percentagens de incumprimento dos tempos máximos de resposta garantida (TMRG) previstos na lei, da ordem dos 28 por cento, no caso de Coimbra, e 42 por cento no Porto e Lisboa.

Estes dados estão desactualizados, retorque o director clínico do IPO de Lisboa, Nuno Miranda. Em 31 de Março deste ano, eram menos de um quarto (24,1 por cento) os doentes que ultrapassavam ali os TMRG e o tempo de espera média por uma cirurgia oncológica baixara para 33 dias (contra 43 em 2008). "Estamos a tratar muito mais doentes, até porque tivemos um aumento da procura da ordem dos 17 por cento", acrescenta Nuno Miranda, que ainda assim reconhece as limitações do instituto, sobretudo físicas. "É uma estrutura antiga, precisa de uma grande remodelação", admite.


É necessário nunca desistir, LUTAR pela MUDANÇA!




Andreia

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